Carta aberta ao Presidente da Assembleia da República e aos partidos com assento parlamentar sobre o estado do Estado digital
As iniciativas surgem ousadas e grandiloquentes; brotam uma catadupa de novos serviços digitais (para cuja concepção e avaliação de usabilidade os cidadãos “não são tidos nem achados”); os cidadãos não são devidamente informados dessas novidades; descuram-se as ligações com os serviços pré-existentes; quando os cidadãos os começam a utilizar verificam a desconexão com outros serviços dos quais por vezes dependem; entretanto, o governo muda e desabrocha um novel ímpeto reformador; partes dos serviços mudam de nomenclatura e de URL (bastas vezes de modo Lampedusiano); acumulam-se as hiperligações para conteúdos não disponíveis, ou para sites defuntos; e as sucessivas reformas vão desaparecendo no olvido digital.