Palavr[ã]o
Corrupção, em sentido amplo, refere-se à ideia de corrompimento, decomposição, apodrecimento. Em termos de relações humanas, em particular, corresponde a um comportamento desonesto e vil, em que se oferece algo, ou se alicia alguém, para obter uma vantagem indevida ou praticar um acto degradante.
Corrupção activa – “Quem, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, der ou prometer a funcionário, ou a terceiro por indicação ou com conhecimento daquele, vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim indicado no n.º 1 do artigo 373.º” do Decreto-Lei n.º 48/95.
«Uma segunda palavra terminada no ditongo ão é corrupção […].
O Governo […] vai chamar os principais atores da Justiça a participarem na definição de uma estratégia nacional de combate à corrupção.
Oxalá as coisas avancem, o que se duvida. Até porque as promessas são antigas, sendo que já o programa apresentado pelo Movimento das Forças Armadas, a 25 de Abril de 1974, pedia “medidas que conduzam ao combate eficaz contra a corrupção e a especulação”.
[…] Além do impacto na economia, pela evasão fiscal, a corrupção é um cancro que diminui a autoridade do Estado e abre as portas ao mais negregado populismo.»
“As difíceis palavras terminadas em ão!”, por Artur Ferreira Coimbra, Correio do Minho 2019-12-15 [URL acedido originalmente: https://correiodominho.pt/cronicas/as-dificeis-palavras-terminadas-em-ao/11700].